08 maio, 2011

cliché

o amor é físico. físico sim, mas não só nessa maneira mais obvia, é físico de todas as maneiras, todas e mais algumas.
é o cheiro que fica quando tudo o resto se vai, esse cheiro que acampanha a memória e permanece na almofada muitas vezes ensopada em lágrimas, muitas vezes companheira em sonhos quando alguma coisa nos falta. é o olhar, o olhar que não se esquece, mas o tempo passa  e com a falta de reavivo da memória também já ninguém se lembra; recordar esse olhar que já me falou do mundo, já me isolou de todo o mundo, já me levou até para outro mundo. é todo o teu corpo, esse corpo que é meu por direito, corpo que te hospeda, enquando tu, a tua alma não podem estar nos meus braços.
e desgostos de amor? como se doesse só o coração.. dói-nos o corpo todo, cada músculo nos diz para desaparecer, cada pulsação aumenta o sentimento de impotência, podemos sentir, sentimos físicamente o amor na nossa corrente sanguínea. o estômago mal se aguenta, sentimos um vazio tal e qual como se nos tirassem metade de nós.
o amor também cura doenças, também nos faz levantar da cama quando é preciso, faz-nos prometer, faz-nos cumprir com as nossas promessas, faz cada dia valer a pena nem que seja só para ter um bocadinho de alguém. o amor é uma ciência que não se explica, um sonho sem termos que adormecer.

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