Como é que poderia enganar-me consecutivamente. Sempre quis ouvir e fazer o que o coração mandava mas meti-o nessa pequena caixinha onde ele sofria, no escuro, isolado, preso e com os olhos do raciocínio tapados para o exterior. Ele não podia mandar, estava a ficar louco. Convencia-me que aquela seria a última vez, mas depois lá vinhas tu com os teus olhos verdes exacerbados com um mundo novo, que gritavam por mim, como se fosse a primeira vez. Mais essa, era sempre sempre só mais essa vez. Não era sentir, era conjugar um pretérito imperfeito vezes sem conta.
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