04 setembro, 2010

sede

tenho sede, sede que não se trata com todas as gotas de água do mundo. uma sede que me seca todos os dias mais um pouco... perdida neste deserto que é a vida, quanto mais caminho mais temo que o oásis nunca chegue. de tempos a tempos lá vem uma miragem que depressa se desvanece, vai tão rápido como veio. sinto-me paralisada, parece que até o sangue vermelho e fervilhante que me corre nas veias está a secar. sinto-me sem forças, mas tenho que continuar, eu vou continuar! cada um de nós caminha sobre as suas dunas, caminhos cruzam-se, mas no final cada um tem de vencer as suas tempestades de areia. está perto... consigo ver o oásis, ei-de encher o meu cantil e depois seguir nesta viajem que só acaba quando paramos e desistimos. mas eu não, eu ei-de caminhar...

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