01 dezembro, 2010

tudo cheio de nada

as horas já não cabem nos dias e as letras não entram nas palavras. na voz já não cabem dizeres, na alma já não entram prazeres. não entra nada, não cabe nada. tudo cheio de vazio. arrumadas as incertezas nas resoluções, arrumadas as memórias nos afazeres de agora. directo, sussinto e oco, então o vazio, enche-se de nada.